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David Marçal

Porque precisamos de mentir?
15h00 - 15h30

Sábado 21 Outubro

PORQUE PRECISAMOS DE MENTIR?

A mentira pode ser considerada património da Humanidade. Mentimos entre 2 a 80 vezes por dia. A mentira está fortemente enraizada na consciência de qualquer ser vivo. 
 
Apesar das conotações morais negativas criadas pela consciência humana, não há nada de especial na mentira. Todos mentem, não apenas os humanos. A Evolução biológica é um processo implacável que avança sem quaisquer preocupações com princípios éticos, o que conta é o sucesso na sobrevivência e na reprodução. Quando uma cobra inofensiva evolui para se tornar parecida com uma venenosa cobra coral, está a tirar vantagem dessa mentira. Através das redes sociais, notícias falsas que imitam a estética das verdadeiras são espalhadas pela mesma razão: conferem uma vantagem a quem o faz. Mas tal como a falsa cobra coral, estes também são falsos especialistas.
 
Mas, agora, os investigadores podem ver e medir as mentiras e encontrar indicadores físicos para as identificar: nível de ativação fisiológica, esforço cognitivo, movimentos oculares, etc. Hoje em dia, a ciência pode tornar as mentiras visíveis e mensuráveis.

Sábado 21 Outubro

BIOQUÍMICO E DIVULGADOR CIENTÍFICO

Doutorado em Bioquímica pela Universidade Nova de Lisboa (2008). Professor convidado na Universidade Nova de Lisboa, onde ensina ciências da comunicação. Co-autor, com Carlos Fiolhais, dos livros "Darwin aos tiros e outras histórias de ciência" (Gradiva, 2011), "Pipocas com telemóvel e outras histórias de falsa ciência" (Gradiva, 2012), “A Ciência e os seus inimigos” (Gradiva, 2017) e “Apanhados pelo vírus” (Gradiva, 2021). Coordenador do livro “Toda a Ciência (Menos as Partes Chatas)” (Gradiva, 2013), autor do ensaio “Pseudociência” (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014) e do livro “Cientistas Portugueses” (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2019). Autor de várias peças de teatro e programas de televisão sobre ciência. Foi cientista júnior na Hovione FarmaCiência e investigador em bioquímica estrutural no Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa. Foi Autor do Inimigo Público, redactor da revista Kulto e jornalista de ciência no jornal Público (no âmbito do programa “Cientistas na redacção”). Ganhou os Prémio Químicos Jovens 2010, (pela Sociedade Portuguesa de Química), o Prémio Ideias Verdes 2010 (pela Fundação Luso e pelo Jornal Expresso) e o Prémio COMCEPT 2014 (da Comunidade Céptica Portuguesa).